Outro dia, passei por uma situação curiosa. Daquelas em que uma pessoa pensa que o melhor mesmo é estar calado e aceitar a vida como ela é.
Estava a trabalhar a um ritmo diabólico (o costume... sempre a produzir o máximo para forrar os bolsos da classe opressora). Infelizmente o ar condicionado pifou, o escritório parecia um forno, eu suava tanto que parecia que tinha acabado de correr uma maratona no Cairo. Para resolver a questão tiveram que colocar um tubo no tecto da sala, o que deu um toque de cabaret ao escritório. A falta de luz natural era neste momento um mal menor. Aposto que nem Hitchcock era capaz de produzir tal cenário.
De repente pensei: "Isto era o sonho de qualquer sindicalista!". Durante essa tarde, só desejava que aparecesse um sindicalista no nosso escritório.Infelizmente o tempo foi passando e não apareceu nenhum sindicalista (pelo menos que eu saiba). Acabei por abandonar o meu local de trabalho resignado.
Ao ir para casa, fiquei uma hora parado no trânsito. Era uma manifestação de trabalhadores da função pública.
Tinha pedido um sindicalista e à minha frente passavam centenas deles.
Conclusão: Perco o desejo do que procuro quando procuro aquilo que desejo.
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